"Alta"mente

A minha foto
Alguém que pensa que: Não há nada de oculto que não deva aparecer ao público. Se alguém tem ouvidos, que ouça. Se alguém tem olhos, que veja. Se alguém tem boca, que fale.

NOTA DO AUTOR

ATENÇÃO, AGRADEÇO A LEITURA DESTE TEXTO: Todas as Actividades Radicais, envolvem muitas horas de prática e utilização de material devidamente testado e aprovado pelos respectivos fabricantes. Assim, não é recomendável que alguém pratique ou tente praticar algumas destas Actividades, sob pena de, por falta de experiência, ocorrerem acidentes que vêm a prejudicar o praticante e terceiros. Lembro que a prática de Actividades Radicais por parte de um principiante, deve ser acompanhada de perto por um especialista mais experiente e habilitado para o efeito. Joaquim Francisco

domingo, 23 de setembro de 2007

EPI - Equipamento de Protecção Individual - "vestir o equipamento"

Agradeço a colaboração do colega João Hintze Delgado que tirou as fotografias.
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Foto 1: O acto de "vestir" o Cinto, requer uma certa atenção, na medida em que é nele que se vai exercer todo o peso do nosso corpo. O mesmo tem de estar bem ajustado às pernas e cintura pois ao estarmos "pendurados" numa corda, tudo alarga um pouco, não podendo ser demais. Todas as ligações (tiras) que ligam o corpo do Cinto, devem estar protegidas para evitar cortes por fricção. O cuidado a ter com o cinto passa também por vistorias periódicas à sua estrutura, tendo em vista a nossa Segurança. (Na foto o Cinto já tem colocado o Demiron)
Foto 2: Depois do Cinto estar "vestido", vai-se colocar no Demiron (D em aço ou alumínio), a Enérgica ou Longe (corda dinâmica em V, artesanal na foto) - (e do lado esquerdo do Croll para facilitar os movimentos com os outros aparelhos) e o Croll (lado direito da Longe). Ter especial atenção para a colocação do Croll (ver posição do boneco gravado no aparelho) e enroscar bem o parafuso do Demiron. Vistoriar bem este equipamento, antes de efectuar uma descida, é fundamental, por questões de máxima segurança.


Foto 3 e 4: A postura da Fita ou Torse, vai permitir manter o Croll bem posicionado. A sua colocação, deverá ser acompanhada por um colega, no sentido de não ficar torcida. Lembro, que quanto mais esticado ficar, aquando de uma subida, mais fácil se efectua a mesma.
Foto 5: O descensor Simples ou Stop - Após a sua colocação (do lado direito do Croll e apoiado por um mosquetão), deverá existir o cuidado de observar se está bem direccionado (ver desenho gravado no aparelho) e fechar os mosquetões (rosca). Tanto o colocado com o Stop ou Simples, como o de Apoio ao Rapel (esquerda na fig.), após a introdução da respectiva corda, no mesmo (aquando da descida). NOTA 1: A utilização do Simples, requer a utilização do Shunt, não utilizado nesta situação, mas é no entanto um aparelho fundamental para a descida com cordas (este aparelho deve ser utilizado na ponta curta da Longe ou Enérgica). Nota 2: A utilização do Stop, deve ser acompanhada com o máximo de atenção pois este aparelho tem uma dupla funcionalidade (Shunt e Simples). Assim, por motivos de segurança, poderá ser utilizada como recurso, uma cordeleta ou fita e fazer o nó Marchard ou Prussik (ver barra lateral esquerda deste Blog). Nunca é demais recordar que devemos ter sempre dois pontos de segurança aquando da descida, da subida e nas passagens fraccionadas.
Foto 6: Colocação do Punho - Este aparelho, não vai fazer falta para a descida, mas tem de estar devidamente bem colocado (para fácil utilização, caso necessário). A sua correcta colocação, é numa ponta da Longe ou Enérgica (a mais curta) De notar que "agarrado" ao Punho, está o Pedal. Ambos os aparelhos, juntamente com o Croll, fazem parte do conjunto utilizado para subir por cordas. NOTA: Numa descida, se nos bloquearmos, pode ser utilizado como auxiliar e ajuda ao desbloqueio.
Foto 7: Com o equipamento "vestido" e depois de se efectuar uma nova observação para ver se tudo está bem montado, estamos preparados para nos aproximar da parede ou buraco da gruta e por motivos de segurança, devidamente seguros à corda com os aparelhos (Shunt por exemplo). NOTA: NÃO ESQUEÇER A COLOCAÇÃO DO CAPACETE e Não esquecer os dois pontos de segurança.
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As Grutas e suas formações geológicas

O interior de terra, sempre inspirou a fantasia humana. Lendas e narrativas afirmam que as Cavernas são habitadas por diabos e fantasmas e que por elas se pode atingir o centro da Terra. Na realidade, as Cavernas ou Grutas, só aparecem na crosta terrestre. É difícil e perigoso penetrar e explorar tais grutas, mas o interesse que elas despertam provocou o aparecimento de uma Ciência dedicada exclusivamente ao seu estudo: A espeleologia. A formação das cavidades deve-se à penetração de água na crosta terrestre, escavando desse modo câmaras e galerias. Nas cavernas mais importantes, existem inclusivamente lagos e rios subterrâneos. As grutas surgem mais facilmente em terrenos calcários, os quais são mais facilmente dissolvidos pela acção da água (a corrosão do calcário por água ligeiramente ácida, origina à sua passagem, câmaras e túneis sinuosos. Muitos seres, entre eles o homem, utilizaram-nas como abrigo. Os achados arqueológicos encontrados (pinturas rupestres, exp.) são disso testemunho. Todos sabem que os Morcegos habitam as grutas e cavernas, mas na América do Sul, é conhecida a existência de um curioso pássaro cujas características estão bem adaptadas, para viver no escuro: O Guacháro. Além dos insectos, crustáceos, algas e limos fosforescentes, nos lagos subterrâneos também existem batráquios e peixes, desprovidos de olhos é disso exemplo o Olm ou Proteus. Assim, como já foi referido, as grutas surgem em zonas constituídas por rochas sedimentares moles, principalmente calcárias. As correntes de água infiltram-se e dissolvem o material do solo, formando uma série de buracos. A água que penetra nessas cavidades e goteja dos seus tetos, contem minerais dissolvidos. Á medida que a água evapora, esses minerais vão dando origem a formações petrificadas em que as mais encontrados são: Estalactites, Estalagmites, Colunas, Excêntricas, Bandeiras, Gours.